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Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) foi criado em 1993 a partir da fusão de duas instituições de pesquisa que já existiam no Amapá: O Museu de História Natural Angêlo da Costa Lima, criado em 1974, e o Museu de Planas Medicinais Valdemiro Gomes, criado em 1982.

A Embrapa instalou um núcleo inicial no Amapá em 1980, mas em 1991 o núcleo ganhou autonomia administrativa e passou a ser denominado Embrapa Amapá.

Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil) foi criada em 1985 em Belo Horizonte e hoje apresenta uma estrutura descentralizada em todo o Brasil, com escritórios em Belém, Brasília, Campo Grande, Salvador e Belo Horizonte. A CI-Brasil desenvolve ações de pesquisa e conservação no Amapá desde 2003 e já coordenou, junto com o IEPA, esforços significativos de síntese sobre a biodiversidade ao longo do Corredor de Biodiversidade do Amapá.

De março a agosto de 2003, várias organizações governamentais e não-governamentais do Amapá discutiram uma estratégia de desenvolvimento social e econômico baseada na conservação e uso sustentável da biodiversidade. Esta estratégia foi batizada de Corredor de Biodiversidade do Amapá e anunciada publicamente pelo Governador Antônio Waldez Góes durante o VII Congresso Mundial de Parques, em Durbam, África do Sul. O lançamento atraiu atenção mundial e consolidou esta iniciativa como uma das mais importantes para a conservação da biodiversidade na região tropical.

De setembro de 2003 a agosto de 2005, várias reuniões foram realizadas no Amapá para a elaboração de um plano de trabalho integrado para a implantação do Corredor de Biodiversidade do Amapá. Uma das principais recomendações surgidas destas reuniões é a criação de um programa de pós-graduacão em biodiversidade tropical para atuar como centro de pesquisa e pensamento estratégico para o Corredor de Biodiversidade do Amapá. Foi sugerido que o Programa deveria ser baseado nas instituições de pesquisa do Amapá com a colaboração de instituições fora do Estado.

De setembro a novembro de 2005, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amapá (SETEC) formou um grupo para discutir a possibilidade de criação de programas de pós-graduação no Estado e a criação de um sistema integrado de pesquisa no Estado. A CI-Brasil ofereceu apoio para catalisar os esforços visando a criação de um programa pós-graduação na área de ecologia e meio ambiente para o desenvolvimento de pesquisas ao longo do Corredor de Biodiversidade do Amapá.

Em novembro de 2005, o Dr. Fábio Scarano, Representante de Área de Ecologia e Meio Ambiente na CAPES, visitou Macapá a convite da SETEC e da CI-Brasil para fazer uma análise das instituições, infra-estrutura disponível e capacidade técnica dos doutores. Ele recomendou à SETEC um esforço integrado entre a UNIFAP, o IEPA, a Embrapa Amapá e a Conservação Internacional para a elaboração de uma proposta de um programa completo (mestrado e doutorado) de pós-graduacão em Ecologia e Meio Ambiente.

A SETEC coordenou uma equipe de trabalho formado por pesquisadores da UNIFAP, IEPA, Embrapa Amapá e CI-Brasil para a elaboração da presente proposta. A estrutura do programa, o regimento e o termo de colaboração entre as instituições visando a implantação do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) foram elaborados e amplamente discutidos. A equipe trabalhou de dezembro de 2005 a março de 2006 para estruturar a proposta aqui apresentada.

O PPPGBIO foi aprovado oficialmente pelo Comitê Técnico Científico da CAPES em 13 de julho de 2006.

 

Linhas de Pesquisa

Caracterização da Biodiversidade


Esta linha de pesquisa envolve a observação e caracterização das principais unidades da biodiversidade (e.g, genes, espécies, comunidades e ecossistemas) e a quantificação da variação entre elas (e.g., distâncias genéticas, relações filogenéticas, padrões geográficos de variação da diversidade). Esta linha inclui estudos integrados de sistemática, filogenia, biogeografia, ecologia de organismos, ecologia de comunidades, ecologia de paisagens e ecologia de ecossistemas.

 

Gestão e Conservação da Biodiversidade


Esta linha de pesquisa inclui todas as pesquisas aplicadas visando desenvolver sistemas eficientes de gestão e conservação da biodiversidade tropical em várias escalas espaciais. Os temas de pesquisa variam desde o planejamento ambiental utilizando ferramentas modernas de análise espacial até pesquisas que visam quantificar e minimizar o impacto ambiental das atividades humanas sobre a biodiversidade. Esta linha é verdadeiramente multidisciplinar, pois envolve a integração de informações de disciplinas associadas às ciências biológicas (ecologia, zoologia e botânica), exatas e naturais (geologia, meteorologia, matemática e física) e humanas (antropologia, sociologia e economia).

 

Uso Sustentável da Biodiversidade


Esta linha de pesquisa envolve também pesquisas aplicadas multidisciplinares visando identificar e promover o uso econômico das várias unidades da biodiversidade. Nela são incluídos os estudos multidisciplinares sobre as bases ecológicas do extrativismo animal e vegetal, o manejo sustentável de florestas e outros ecossistemas tropicais, o controle biológico com espécies nativas, o desenvolvimento de sistemas agroflorestais e a identificação do potencial químico e farmacológico de plantas regionais.

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